Queridos alunos do sétimo período manhã e noite da Faculdade Metropolitana, atendendo a pedidos, segue abaixo o artigo sobre a PRÁTICA JURÍDICA publicado por mim no final do ano passado.
Sejam BEM-VINDOS ao novo semestre e INSPIREM-SE!!!
POR QUE EU AMO ENSINAR NA PRÁTICA JURÍDICA?
Sou professora e advogada há mais
de 10 anos, mas quando estudante não pude vivenciar a experiência
extraordinária dos hoje tão difundidos Núcleos de Prática Jurídica.
Naquela época eles não eram
obrigatórios como hoje e o estágio fora da Faculdade além de limitado a algumas
áreas, não me oportunizava a correção e os ensinamentos de um mestre, tudo era
na base do copiar-colar sem pensar.
Ocorre que a paixão pela Justiça
que eu sentia vibrar na luta incessante dos advogados sempre me moveu e então
advoguei nos meus primeiros anos movida por ela, só por ela, meus clientes, em
contrapartida, pagaram pela minha inexperiência. Era como se conhecesse todas
as ferramentas cirúrgicas, mas nunca as tivesse usado. Claro que a injeção eu
sabia aplicar, mas como diagnosticar o que realmente era melhor para o cliente,
que pedidos seriam para ele mais benéficos, valia a pena ou não um pedido
liminar, que provas realmente conduziriam a um julgamento favorável. Sem falar
nas audiências, bendito momento em que o coração podia ser sentido em qualquer
parte do corpo e nem o lado da mesa em que deveria sentar eu me lembrava...
Parecia que ter estado sempre
entre as melhores de sala de nada me servia, mas não se trata daquele jargão de
que na prática a teoria é outra. Não, não, nada disso.
É que somente o exercício efetivo
do aprendizado, dia-a-dia, mês a mês, foi capaz de organizar em minha mente
toda aquela teoria estudada, tudo isso para que finalmente pudesse ser colocada
em um único lugar, a PETIÇÃO.
Hoje, a cada dia em que assisto a
um aluno me regozijo, vejo o quanto eles vão poder em muito menos tempo que eu
salvar vidas! É isso mesmo, porque o atendimento jurídico real oferecido pelas
Instituições de Ensino Superior fomentam, além de um aprendizado sólido,
permanente, o estímulo à responsabilidade social, o amor ao próximo, a Justiça.
Agora sim, sou FELIZ e sei o por quê.
Porque mesmo deixando filhos
doentes em casa, mesmo faltando o trabalho, você, aluno, está lá, disposto a
ser exigido em sua última gota de esforço para aprender e superar o Mestre!
Me vi nas suas palavras.
ResponderExcluirEm especial " Era como se conhecesse todas as ferramentas cirúrgicas, mas nunca as tivesse usado."
É assim mesmo.
Parabéns pela iniciativa e pela paixão pela docência.
Pedro Ivo
Advogado em São Paulo/SP